domingo, 24 de maio de 2009

Capital do turismo sofre com falta d'água

Florianópolis recebeu recentemente os olhares do mundo sobre suas belezas. O WTTC – no bom português, Congresso Mundial de Turismo -, reuniu, há pouco mais de uma semana, as maiores autoridades do turismo mundial no Costão do Santinho, Norte da Ilha.

Os problemas mais gritantes de infra-estrutura tentaram ser resolvidos em cima da hora. Buracos na pista tapados nas vésperas da chegada de Lula à cidade e troca da iluminação da principal via de acesso ao local, a SC-401, foram alguns dos atropelos de começo de evento. Mas um dos maiores entraves para o crescimento do turismo em Florianópolis e em Santa Catarina é o abastecimento de água. Sim, além da falta dela, o esgoto acaba sendo um problema que tira o sono dos governantes da região.

Esta semana, por exemplo, a Grande Florianópolis ficou três dias seguidos com abastecimento nulo ou precário em quase todos os pontos da cidade. A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) informava, às 19h de sexta-feira (22), que uma adutora em Palhoça havia se rompido, mas que o abastecimento estava sendo normalizado aos poucos, não podendo dar uma previsão de horário para cada ponto da cidade. “Já é o segundo dia que isso acontece e bem na hora que a gente chega do trabalho e quer tomar um banho pra descansar”, reclamava Ailton Bonina, morador do bairro da Trindade, um dos mais movimentados da região central da Ilha.

Segundo estimativas da Agência Nacional de Águas, o Estado de Santa Catarina ainda possui de 20 a 30% de domicílios sem acesso à água tratada, número equivalente ao registrado no Piauí, Bahia, Tocantins e Ceará. Principalmente para um estado do Sul do País, o índice assusta, já que Santa Catarina é uma região de alta qualidade de vida e economia próspera, com turismo em franca expansão.



Há quem afirme que o alto índice de domicílios sem abastecimento se deve ao grande número de famílias do interior e da própria capital que possuem nascentes próprias e não querem a água da Casan ou outra companhia por ser a sua de melhor qualidade e em abundância. O dado é discutível já que o Rio Grande do Sul, então, teria que apresentar índice semelhante, pois boa parte do estado vizinho também é rico em nascentes como as existentes em Santa Catarina.

De qualquer forma, seja qual for a explicação para a falta do abastecimento, se Santa Catarina pretende crescer e atrair cada vez mais turistas (porque belezas não faltam...), é imprescindível que se resolva o problema da água. Que os governantes não esqueçam que a população que mantém o Estado como um dos melhores lugares para se viver no Brasil é a que depende da água sempre e não quer se privar de um banho no final de um dia de trabalho!

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